Mais de 5.500 pessoas foram mortas no RN nos primeiros semestres dos últimos seis anos
O Rio Grande do Norte registrou um aumento de quase 11% no número de
crimes letais contra a vida no primeiro semestre deste ano. Segundo a
revista do OBVIUM “1º semestre de 2020 comparado ao mesmo período dos
anos de 2015 a 2019”, foram 807 mortes nos seis primeiros meses de 2020.
No mesmo período do ano passado, a publicação registra que foram 729
mortes, o que corresponde a um crescimento de quase 11% entre janeiro e
junho deste ano. O estudo aponta que abril foi, até então, o mais
violento de 2020, com 157 crimes; e junho, o menos com 120. Já no
primeiro semestre de 2019, março foi o mais violento, com 149 crimes; e
fevereiro, o menos, com 103.
E a violência homicida no estado também esteve presente nos primeiros
semestres dos quatro anos anteriores. Foram 1.038 mortes em 2018, 1.209
em 2017, 984 em 2016 e 788 em 2015, totalizando 5.555 casos nos seis
primeiros meses dos últimos seis anos. Desse total, a revista revela que
quase 80% foram de homicídios dolosos; 8,6% de lesão corporal seguida
de morte; pouco mais de 6% de intervenção policial; 4% latrocínio; e
menos de 2% de feminicídio (80 casos).
O estudo cita que a lesão corporal seguida de morte, que representa
8,6% das ocorrências, aumentou 89,7% entre os primeiros semestres de
2015 e 2019; e que a intervenção policial, que corresponde a 6,4% do
total, aumentou 117,9% no mesmo período. A violência nesse período
analisado também atingiu os profissionais da segurança pública. Foram 55
mortes, entre policiais militares e civis, dentre outras categorias.
“A vitimização de profissionais da segurança pública teve nos
policiais militares a metade das ocorrências (49,1%), seguido pelos
policiais militares aposentados (29,1%). Infelizmente, o período de
2015-2020 foi marcado pelo aumento de 66,7% deste tipo de ocorrência”,
ressaltou outro trecho da pesquisa. Já quanto à letalidade da
intervenção policial, foram 357 mortos em alegados confrontos com as
forças de segurança pública.
“Em relação à letalidade em intervenção policial, 95,2% das
ocorrências foram em confronto com policiais militares, fenômeno
relacionado à atuação dos policiais militares no policiamento ostensivo,
em paralelo à concentração da violência nas vias públicas”, frisou o
estudo.
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