RN tem melhor situação de seca desde 2014, aponta Agência Nacional de Águas
O Rio Grande do Norte vive a sua melhor situação em relação à seca desde
julho de 2014. É o que aponta o atual relatório do Monitor de Secas,
ferramenta coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
(ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos
Hídricos (FUNCEME)
De acordo com o monitor, os acumulados de precipitação em junho no Rio
Grande do Norte variaram entre 10 milímetros, na faixa central do
estado, e acima de 250 milímetros, na faixa litorânea.
O relatório da ANA aponta ainda que comparado ao mês de maio, houve uma
"redução da área de seca fraca na faixa centro-oeste do estado, deixando
toda esta área sem seca relativa". Dessa forma, onde há presença de
seca, os impactos são oriundos de longo prazo.
Entre maio e junho, houve o aumento da área sem seca em território
potiguar, subindo de 57,44% para 73,23%. Esse número representa a melhor
situação desde julho de 2014, quando o programa passou a monitorar a
situação dos estados. De acordo com o Monitor, o RN registrou o recuo
das áreas com seca na região centro-oeste do estado e tem somente
regiões consideradas com "seca fraca".
Situação geral
Com as chuvas de junho, o Monitor de Secas registrou uma redução das
áreas com o fenômeno em seis estado além do RN: Alagoas, Bahia, Paraíba,
Pernambuco, Piauí e Sergipe. Por outro lado, houve o aumento em cinco:
Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No
Tocantins a área se manteve estável.
No caso do Rio de Janeiro, que entrou no Mapa do Monitor em junho, foi
registrada seca pela primeira vez no estado. Assim como aconteceu em
maio, no mês passado todas as 15 unidades da federação que são
monitoradas apresentaram partes de seus territórios sem registros de
seca. Distrito Federal e Goiás entraram neste mês no acompanhamento.
O relatório reforça que o mês de junho faz parte do período chuvoso no
leste do Nordeste e também integra o período seco em grande parte do
centro-norte e oeste nordestino, assim como na região Centro-Oeste. Os
dados apontam maiores volumes de precipitação, com valores acima de
150mm, no noroeste do Maranhão e no litoral leste do Nordeste.
O relatório aponta que houve um predomínio de chuvas acima da média no
Nordeste, o que contribuiu para a continuidade da redução da severidade
nas áreas de seca na maior parte desta região, onde agora predominam
condições que variam desde sem "seca relativa" até "seca fraca". "Porém,
devido à grande variabilidade das chuvas, ainda há pequenas áreas de
seca com intensidade variando de moderada a grave. Toda a seca na região
possui impactos somente de longo prazo", aponta o monitor.
Monitor de Secas
O Monitor de Secas realiza o acompanhamento contínuo do grau de
severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos
impactos causados pelo fenômeno em curto e ou longo prazo desde 2014. Os
impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até
seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa
ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas
públicas de combate à seca
O projeto é coordenado pela ANA, com o apoio da FUNCEME, e desenvolvido
conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às
áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos
mapas.
Fonte: G1 RN
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