Guedes diz que FGTS será liberado todo ano e que R$ 42 bi serão injetados até 2020
O ministro da Economia, Paulo
Guedes, confirmou que o governo pretende liberar o saque do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS) não apenas para este ano, mas para os próximos
também. Os saques poderão ser feitos das contas ativas e inativas e a injeção
na economia deverá ser de R$ 42 bilhões.
“O governo passado soltou só inativos. Vamos soltar ativos
e inativos. Eles soltaram uma vez só, nós vamos soltar para sempre. Todo ano
vai ter”, disse.
“Eu tinha falado que ia ser em torno de R$ 42 bilhões. E
vai ser isso mesmo. Deve ser uns R$ 30 bilhões neste ano e R$ 12 bilhões no ano
que vem. São os R$ 42 bilhões que eu falei, só que vocês vão ver que há
novidades, coisas interessantes”, disse nesta terça-feira, 23, sem dar
maiores detalhes.
Na quarta-feira passada, o divulgou-se que o governo estudava
liberar até 35% das contas ativas e inativas do FGTS. O jornal O Estado de S.
Paulo antecipou que estava sendo estudada uma forma de limitar o saque total em
caso de demissão sem justa causa, mas que haveria uma compensação ao permitir
que o trabalhador sacasse uma parcela do fundo todo ano no mês de aniversário.
Depois da divulgação, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
confirmou os porcentuais e adiantou que a liberação teria potencial de injetar
R$ 42 bilhões na economia. Em seguida, o Ministério da Economia afirmou que
refez os cálculos e que deveriam ser liberados R$ 30 bilhões.
O anúncio era para ser
feito na semana passada, em meio à solenidade de 200 dias do governo, mas o
setor da construção civil pressionou preocupado que a retirada dos recursos
poderia reduzir o uso do FGTS como fonte para financiamentos para os setores
imobiliário, de saneamento básico e infraestrutura a juros mais baixos.
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