Casos de tuberculose crescem no RN e óbitos chegam a 90 em 2018
Os números de casos registrados e de mortes pela tuberculose
cresceram no Rio Grande do Norte em 2018, em relação ao ano anterior.
Foram quase 2.000 casos e quase 100 óbitos, de acordo com dados da Sesap
(Secretaria de Estado da Saúde Pública).
Conforme as informações, 1.922 casos de tuberculose foram notificados
no estado no ano passado, frente 1.493 em 2017, 429 a mais. Os óbitos
pela doença também aumentaram. Foram 90 mortes em 2018, diante de 64 no
ano anterior, 26 a mais. Em 2019, 262 casos de tuberculose já foram
registrados em todo o estado, sendo 4 óbitos pela doença.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que pode ocorrer em
qualquer região do corpo, sendo capaz de destruir o pulmão. Essa
patologia é provocada pela bactéria Bacilo de Koch. A boa notícia é que
se trata de uma doença totalmente curável.
O médico infectologista Fernando Chagas, do Hapvida, explica como
ocorre a manifestação clínica da doença. “É preciso que o indivíduo
tenha inalado uma quantidade considerável de bacilos que vai para o
pulmão, surgindo, assim, os primeiros sintomas, como tosse, febre
vespertina diária, tremores e perda de peso”, destaca.
A tuberculose pode ser diagnosticada por meio do exame de
baciloscopia, onde é realizado uma análise do escarro, do teste rápido
molecular e de exames como tomografia.
Fernando Chagas observa que o tratamento da tuberculose é longo, a
partir de seus meses, e é capaz de curar a doença, se feito conforme
orientação médica. “Para quem não tem HIV e nenhuma comorbidade o tempo é
de seis meses. Já pessoas com diabetes e HIV o tratamento é feito em
nove meses, podendo esse período ser estendido”, explica o
infectologista.
O médico alerta que as pessoas que convivem com pacientes com
tuberculose precisam estar atentos aos cuidados. “É preciso usar
máscaras específicas que evitam que a bactéria entre no trato
respiratório. Além disso, devem realizar exames constantemente para
diagnosticar a presença ou não da doença, que pode ocorrer de forma
latente”, ressalta.
De acordo com o Ministério da Saúde, o
Brasil registrou 72 mil novos casos de tuberculose no ano passado. Em
2017, foram 73 mil. Entre os novos casos, 10,4% são presidiários, 8,7%
pessoas com HIV, 2,5% população de rua e 1% indígenas, considerados de
maior vulnerabilidade à doença. A tuberculose matou 4,5 mil pessoas em
2017 e 4,4 mil no ano anterior, no país. Os números de 2018 ainda não
foram divulgados.
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